Wilkommen Im Hotel
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Forum about the french novel l'Etage Interdit by Caroline SAUVAGEOT.
 
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 [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1

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PostSubject: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeFri Aug 21, 2009 5:46 pm

In order not to "flood" on the translation topic, you can talk about "O Andar Proibido" - Livro 1 here

Caroline Sauvageot
The Forbidden Floor (O andar proibido)
Welcome to the hotel (Bem vindo ao hotel)
No. 1


Copyright Caroline Sauvageot 2007
Contate a autora por email: carey.s@wanadoo.fr
Ou pelo site www.myspace.com/letageinterdit

Agradecimentos


Fãs do Tokio Hotel,
Site oficial francês www.thforum.net
Fã Clube oficial alemão www.tokiohotel-fanclub.de

Cindy e Nath, minhas colegas de zimmer 103-104.
Manon, a primeira fã que conheci, minha primeira assistente.
As garotas DDMz: Anta, Alice, Carmen, Julia, Fanny, Camille, Vicky, as primeiras fãs de todas, as mais adoradas, mais criticadas, Danke pelas suas confidências e suas histórias.
Béa! Horas de ligação de longa distância pela Alemanha e no fim, ideias suficientes para colocar no papel com uma noite sem dormir.
Aliz de Berlim, há uma possibilidade de que foi através de uma banda de rock que nos conhecemos.
Dési de Berlim, obrigada por posar de modelo para minha capa.
Meus amigos de Magdeburg, pelas informações práticas sobre sua cidade.

Danke especialmente para os fãs que são personagens nesta história,
Aby_Shadow (Aby), Chouk, Delphine, Clauchete, Maeva, Amélie e Caroline, Mathilde, Guillaume, Morgui, Farah, Panda, Pomme2Croquer (Apple), Peanut, Suika, Despair, Ewigkeit e Sandrine.

Rob PARÏ$ (e sua banda DANGER), com quem tudo começou – a história foi criada na casa dele na Suécia.
E à banda TOKIO HOTEL: Bill & Tom Kaulitz, Georg Listing & Gustav Schäffer. Suas personalidades, suas letras, suas músicas, seus fãs, suas aparições são uma fonte de inspiração e admiração desde poucos meses.
Viel’ Viel’ Dank’ !
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeFri Aug 21, 2009 7:41 pm

Hier drinnen ist niemals richtig tag
Das licht kommt aus der minibar
Und morgen wirds hier auch nicht hell
Willkommen im hotel

Tokio Hotel, REDEN

Aqui dentro, a luz do dia não entra direito
A luz vem do mini bar
E também, aqui não haverá a luz da manhã
Bem-vindo ao hotel

Tradução de Tokio Hotel, REDEN

ATENÇÃO

Apesar de eu me inspirar em fatos e pessoais reais, as seguintes histórias são fictícias.
Elas não são, em nenhum caso, textos autobiográficos sobre a vida e os poucos dias que a banda Tokio Hotel passou em Paris para divulgação, em dezembro de 2007.
Assim como, a personagem Anaïs Paris é fictícia, também. Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais são mera coincidência.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeSun Aug 23, 2009 4:00 am

1 – Reuniões

10 de dezembro de 2007, domingo.
9:15 da manhã.

As adolescentes tinham marcado um encontro embaixo do Arco do Triunfo. Aby e Chouk esperaram por 15 minutos até a chegada de Delphine, Clauchette, Amélie e Line.
Todas eram membros do site oficial alemão da banda Japan Road e passavam as noites comentando sobre os quatro jovens músicos. Enquanto discutiam neste fórum, elas decidiram ir a Paris, para tentar ver a banda que viria a França para a divulgação de seu novo DVD e gravação de programas de TV.
Existia uma loucura ao redor de Japan Road que ninguém tinha visto desde os Beatles, Abba ou Claude François. Em todos os lugares que eles iam, uma multidão de garotas histéricas esperava-os e aclamava-os. Elas sabiam absolutamente tudo sobre eles. A hora que o avião chegaria, o nome dos hotéis em que eles ficariam, os restaurantes que frequentavam, os locais de divulgação que eles tinham marcado... Nunca uma comunidade de fãs tinha sido tão bem informada ou tinha conseguido tantos meios de ver seus ídolos. Essas garotas, ainda adolescentes para a maioridade, cruzariam quilômetros para ver eles por um momento ou acampariam vários dias antes de um show para ficar na primeira fila. Elas poderiam desistir de tudo apenas para juntar dinheiro e reinvestir em CDs, DVDs, ingressos de shows e merchandising. Elas vivam apenas para eles. Isso confundia completamente os pais e adultos em geral. A perda do controle sobre as adolescentes era algo bastante preocupante e eles não sabiam como lidar com isso.
Hoje, as garotas vieram para os 3 dias de divulgação. A banda gravaria alguns shows amanhã no Plaine St Denis; então elas sabiam que eles chegariam no meio do dia, ao invés da noite, para ir embora na terça-feira à tarde. Elas sabiam os hábitos deles.
Aby e Chouk ficaram impacientes. O tempo estava frio e no Place de l’Etoile elas sentiam o vento em seus rostos. Quando começou a chover, elas avançaram até o Arco do Triunfo para arranjar abrigo. Chouk tinha duas grandes malas de viagem. Elas estavam leves porque continham apenas 4 grandes cobertores e alguma comida. Ela as colocou contra o pilar e sentou nelas. Ela pegou seu mp3 player e ativou o modo aleatórioo, um mix dos álbuns de Japan Road. Aby colocou sua mala em direção de si mesma e começou a ler uma lista de nomes gravados embaixo das pequenas arcadas. Isso iria fazer o tempo passar, e quem sabe, talvez ela veria algum nome conhecido. Tinha nomes de generais e coronéis, que lutaram durante a Revolução Francesa no 1º Império. Ela começou a ler pela esquerda e a quarta coluna a fez rir.
– Olha só, Chouk! Mison, Mouton... Grenier! (Casa, Ovelha, Sótão em francês)
– Ótimos nomes – riu a sua amiga.
– Não é certo zombar das pessoas, garotas! – Um velho senhor recriminou-as, e as duas voltaram a rir. – Vocês sabem sobre o General Paul Grenier que lutou durante a Revolução na Batalha de Valmy?
As adolescentes fizeram um sinal negativo com a cabeça.


Last edited by Laura on Thu Oct 08, 2009 6:05 pm; edited 1 time in total
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeFri Sep 04, 2009 11:08 pm

– Aaah. – ele exclamou. – A República foi proclamada depois da Batalha de Valmy, crianças. Mas então o que vocês aprendem na escola?!
Delphine escolheu esse momento em particular para chegar e ela se perguntou com quem as garotas poderiam discutir.
– E vocês sabem sobre o Marechal da França Nicolas Maison que lutou na Batalha Austerlitz? E sobre o General Georges Mouton que tomou partido em várias batalhas... A batalha de Friedland, por exemplo, - disse ele, apontando o braço em direnção à Avenida de Friedland, que começava do Place l’Etoile e que eles podiam ver à sua direita.
Chouk e Delphine morderam os lábios para não rir. Aby ouvia o que o esse senhor dizia. Ela sempre foi interessada em história e nas batalhas entre franceses e alemães. Na sua cidade, ela era voluntária numa associação que trabalhava pela memória das guerras entre França e Alemanha.
– Aby acabou de ler os nomes gravados no Arco do Triunfo para passar o tempo. - disse Chouk num sussurro – Ela viu nomes como Maison, Grenier... E isso nos fez rir. Foi nesse momento que o velho homem nos abordou! Blá blá blá, não é certo zombar das pessoas... E agora ele está nos dando uma aula de História!
– Oh, entendi. – disse ela, simpatizando com Aby – Você tem notícias das outras?
– Clauchette chegou de Nice. O avião dela já pousou mas demora um pouco pra chegar... E Amélie e Line me mandaram um SMS do trem. Nenhuma notícia desde então, mas acho que elas não vão demorar.
– Ok. – ela disse enquanto avançava em direção de Aby Shadow e fazia um pequeno sinal com a mão.
Ela também leu os nomes gravados e seus olhos avistaram o nome de MacDonald. Como um reflexo, ela leu-o em voz alta.
– Etienne MacDonald e a Batalha de Wagram! – o velho senhor exclamou enquanto ria – Veja a avenida Wagram que está bem atrás de vocês. Que bagunça essa Batalha de Wagram! Vocês podem rir, mas foi trágico. MacDonald veio e atirou nos homens do exército de Bernadotte, achando que eram da Prússia por causa dos uniformes brancos! Além do mais, ele defendeu o país e se tornou Marechal... Foi, apesar de tudo, uma grande batalha... – ele continuou, mas as adolescentes ficaram aborrecidas.
Clauchette chegou, acompanhada de 3 malas pesadas, e logo após duas garotas se aproximaram do grupo. Eram as irmãs Amélie e Line. Elas haviam ficado próximas por 5 minutos, mas como as meninas estavam conversando com esse velho senhor, elas duvidavam que seriam as fãs de Japan Road que elas iam conhecer. Chouk explicou a situação mais uma vez e Amélie sugeriu que elas gentilmente contassem ao homem que tinham coisas melhores pra fazer ou que alguém estava esperando-as em outro lugar. Na frente do hotel de sua banda favorita, por exemplo! Logo, o prédio estaria lotado de fãs e elas teriam que ficar no fim da avenida! Chouk respondeu dizendo que ainda eram 9:25 da manhã e que J.R. não iria chegar antes das 20h, então elas tinham muito tempo.
– A Batalha de Wagram colocou um fim na 5ª Coligação. – ele continuou pois suspeitava que elas não sabiam do que ele estava falando, então começou a explicar – Era uma aliança entre Áustria e Reino Unido para lutar contra o Império de Napoleão no começo do século XIX. Mas MacDoanld também lutou em Watterloo! Sob o comando do Marechal Ney, – disse ele, apontando o nome gravado logo acima do nome de MacDonald – que era um grande homem também. Ele tomou partido em todas as batalhas! Austerlitz, Friedland, Iena... E depois de Iena, ele não parou de ganhar territórios da Prússia... Erfurt em alguns dias, Magdeburg em 24 horas...
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeFri Sep 04, 2009 11:37 pm

– MAGDEBURG?! – As seis adolescentes exclamaram juntas.
– Sim, foi bem rápido. Não me digam que vocês conhecem essa batalha que foi a mais modesta da lista dele...
– Oh, claro que não! – Aby garantiu.
– Esta é a cidade de Japan Road! – explicou Clauchette.
– Não, é aonde a banda se conheceu. – corrigiu Amélie.
– É por isso que estamos em Paris hoje! – adicionou Delphine.
– Nós vamos ver Japan Road no hotel deles!!! – exclamou Chouk, ficando na frente de suas malas.
Elas estavam muito animadas em falar sobre sua banda favorita para o velho senhor. Os papéis haviam trocado, era a vez delas agora, de falar sobre a história da banda.

Quando eram crianças, Liam e Théo Karitz, irmãos gêmeos, faziam pequenos shows em bares de Magdeburg, uma pequena cidade na Alemanha. Liam cantava e tocava o sintetizador. Seu irmão tocava guitarra. Uma noite eles conheceram dois amigos: Geoffrey, que tocava baixo; e Gunther, que tocava bateria. Os quatro garotos, com mais ou menos dez anos, ficaram amigos e então a banda criou suas primeiras composições. Eles continuar a fazer pequenos shows ao redor de Magdeburg por alguns anos, até que em uma noito um produtor estava no clube e notou o potencial dos quatro meninos.
Cada um tinha sua própria personalidade no auge dos seus 13 anos. Liam tinha o cabelo tingido de preto, olhos maquiados e unhas pintadas de preto. Ele customizava seus jeans e usava camisetas coladas ao corpo. Também gostava de jóias: grandes pulseiras de pratas, pingentes de caveira, colar de couro... E ele tinha um piercing na sua língua e na sobrancelha.
Ao contrário de muitos gêmeos, seu irmão tinha um visual totalmente diferente. Ninguém nunca diria que os dois eram irmãos. Théo mantinha sua cor de cabelo natural e alguns dreads loiros-caramelo caíam quase tocando seus ombros. Ele usava jeans folgados e camisetas de rap. Théo descobriu o hip-hop nesse período e estava no caminho de se tornar um grande fã. Tanto que o hip-hop colidia com o rock’n’roll em sua mente. Mas quando ele compunha com Liam, era sempre melodias de rock’n’roll, os ensaios de guitarra raramente levavam à uma música de hip-hop. Ele também tinha um piercing em seu lábio.
Seus amigos Geoffrey e Gunther tinham um visual mais tradicional, mas para a idade deles, eles possuíam cultura e experiência musical muito sérias. Os dois tocavam desde o começo de sua infância e iam para a escola de música. Eles eram fãs de rock e metal inglês. Os seus gostos iam mais em direção ao rock pesado.
O risco em produzir uma banda é que ninguém sabe se os membros vão se entender. Mas aqui, era uma banda formada por garotos que se conheciam por muitos anos e que estavam na mesma sintonia quando falavam sobre música. Cada um aceitava os gostos musicais do outro e quando era sobre fazer música com a banda, todos concordavam no estilo adotado. Théo nunca tinha tentado deixar as melodias mais eletrônicas e nem Gunther, os acordes mais hardcores. Eles estavam bem num som rock’n’roll que todos poderiam gostar.
Naquela época, Josh, futuro empresário deles, estava impressionado com os rapazes. Eles eram muito independentes e sabiam o que queria. Liam havia escrito letras e quando Josh sugeriu arrumá-las, ele recusou categoricamente. Ele tinha um texto contra a escola, sobre os pais que se divorciaram e faziam a vida das crianças um inferno. Outro sobre alguns meninos que eles não podiam nem ver e pra quem eles falavam ‘foda-se’, outro sobre sua vida imprudente sabendo que mesmo jovens, seus fins-de-semana eram proibidos para menores de idade. As outras canções eram sobre o término recente com a namorada, Anaïs, e ele não queria ouvir que ele era muito novo para morrer de amores. Era a primeira vez que ele tinha se apaixonado e a separação o deixou muito pra baixo. Todos os membros da banda ficaram emocionados com isso.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeSat Sep 05, 2009 12:28 am

A pequena Anaïs tinha ficado na Alemanha por pouco mais de dois anos, por causa do trabalho da mãe, e tinha passado esse ano com Liam e seus amigos. Ela fazia besteira com eles, apoiava eles, dava opinião sobre as músicas novas... E agora que ela não estava mais lá, Liam não se sentia mais completamente ele, como se ele fosse outra pessoa. Ele queria gritar para que ela voltasse e salvasse ele do seu estado lamentável. Ele também escreveu uma canção que Anaïs adorava, onde ele dizia que cada segundo que não aproveitávamos era perdido. Ele fez um grande esforço para seguir em frente, ficar no controle da banda e não pensar mais no passado. Ele encontrava Anaïs toda noite, em seus sonhos.
Uma vez, ela tinha dito a Liam que toda vez que a lua passava na frente da janela dele, já tinha passado pela janela dela para coletar seus pensamentos, e vinha agora aquecer ele com seus raios claros e luminosos, suaves como uma luz noturna e não brilhantes como os raios de sol. Mesmo que a vida deles fosse obscura nesse momento, a lua viria toda noite para iluminá-la. E talvez um dia, a lua iria juntá-los...
Assim era o universo da banda. Um universo escuro mas romântico, sempre iluminado por um raio de luar. Um mundo difícil onde permanecia uma luz no fim do túnel. Liam não iria se comprometer nem cantar que eles viviam num universo cor-de-rosa onde a vida era fácil. Josh estava encantado com a reação dele no início. Esse jovem garoto parecia não ligar que ele havia proposto um contrato de um grande selo para a banda, o que implicava no lançamento de um CD single, e então em um álbum, alguma divulgação na imprensa, programas de TV e shows se o álbum fizesse sucesso suficiente. Era a concretização do sonho deles, eles que viviam somente para a música. Mas Théo, que sempre ficava do lado do irmão e sabia perfeitamente o que ele pensava, tinha imediatamente dito para Josh que eles viviam somente para a música deles! Não música de outras pessoas. Eles não viviam para canções criadas para serem apreciadas pela maioria das pessoas. Eles não iriam cantar uma história sobre areia quente e cocos sob o pretexto de que o publicitário queria lançar o primeiro disco em agosto, ou pior, cantar que sim, logo era hora de voltar para escola, encontrar os amigos de novo e se divertir na cantina. Então, Josh ficou impressionado com o temperamento deles. Muitos dos jovens – e até adultos – teriam aceitado toda condição para transformá-los em estrelas. O diretor do selo achou pretensioso recusar a oferta, mas a banda não estaria arruinada por isso.
Então, Josh perguntou o que eles pretendiam fazer, agora que recusaram um acordo tão grande e eles responderam que iriam continuar tocando em bares da região, que iriam escrever novas músicas e que iriam ensaiar. Josh não sabia por que, mas ele não conseguia deixá-los para baixo, nem simplesmente comentar que eles recusaram uma grande oportunidade e agora teriam que se agenciar sozinhos. Eles tinham coragem, tinham estilo, tinham personalidade e eram honestos. Eles não estavam prontos para aceitar qualquer coisa pela fama. Claro que era o sonho deles fazer um show num local lotado de fãs, mas não cantando canções doces e coloridas. O mundo adolescente deles não era doce e colorido. Era mais azedo e escuro.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeTue Sep 08, 2009 3:53 am

Gunther, o baterista calmo e reservado, perguntou a Josh o que estava errado com a banda. Por que eles não poderiam ser produzidos do jeito que eram? As respostas eram múltiplas. Suas letras eram um pouco estranhas e escritas num Inglês incorreto. Os pré-adolescentes de 10-15 anos queriam que a audiência se identificasse com as canções, mas eles não entendiam Inglês nessa idade; era melhor cantar em Alemão. Depois, ele realmente gostava do tema das músicas, mas duvidava que as rádios iriam tocar uma canção que incentivava os jovens a deixar a escola ou ter uma vida imprudente sob o pretexto de “aproveitar cada segundo”. E então, tinha o visual de cada um. Numa banda, os membros geralmente têm a mesma aparência e gostam do mesmo estilo de música. E pra terminar, ele não escondia de que a coisa mais difícil para uma banda de crianças – porque aos 13 anos eles ainda eram crianças – era o visual metade glamouroso e metade gótico de Liam.
Eles passaram o final de semana discutindo na garagem que alugaram. Conversaram a noite inteira. Sobre suas vidas, letras, ritmos, escola, o divórcio dos pais de Liam e Théo, a timidez de Geoffrey e Gunther que não tinham o temperamento dos gêmeos, sobre a maquiagem de Liam que era dificilmente aceita qualquer lugar que fosse, sobre a famosa namorada francesa Anais, a amiga que ela era para todos eles e a namorada que ela era para Liam. Tão doce e amável... Lá teve risadas, lágrimas, confidências e no final um imenso desejo de dividir esse universo com o mundo inteiro. Iniciou-se nessa noite uma grande cumplicidade entre Josh e a banda, e os garotos lhe confiaram coisas que eles nunca tinham dito antes.
Esses quatro jovens eram diferentes dos outros. Mas então, não havia pessoas diferentes em todo lugar? Adolescentes tímidos que ficavam de fora, jovens góticos pelos cantos, outros que sofriam com problemas familiares, ou que viviam tristes histórias de amor... Finalmente a característica das pessoas era ser diferente dos outros. Esta era a razão pela qual as relações humanas era tão difíceis.
Nas semanas seguintes, Josh trabalhou com Liam nas letras. Ele não queria trocar os assuntos, apenas melhorar as palavras. Ele entrou em contato com alguns amigos e logo outros compositores trabalharam com ele nos textos e melodias. A banda, que não tinha fechado nenhuma proposta, admitiu que as canções estavam muito melhores. Os significados estavam mais fortes, a música mais profunda. Durante o ano, eles gravaram demos e continuaram a tocar nos clubes da vizinhança. O estilo deles continuou firme. E logo eles tinham um contrato com outro selo e uma revista adolescente. Um contrato e alguma divulgação.
No próximo verão, o primeiro CD foi lançado. O título era “Fliegt zu der Mond”, que significa “Voe até a Lua”, a história de um término e de uma união no mundo noturno com uma mensagem mais profunda do que aparentava. Quando alguém lia as entrelinhas, percebia que não importa os obstáculos, sempre é possível escapar do dia-a-dia, lembrar os bons momentos e especialmente continuar a vida. Japan Road foi apresentado às pessoas. A banda explicou a escolha desse nome inesperado para uma banda alemã.
– “Japan”, porque nós gostamos do Japão e da cultura de lá. – explicou Liam, que naturalmente se tornou o líder da banda. – E “Road”, porque isso representa nosso atual estilo de vida. Estamos sempre na estrada, entre uma cidade e outra.
Foi imediatamente um estouro! Para a grande surpresa de todos. Os adolescentes definitivamente amaram eles. Eles gostaram de tudo. As letras, o ritmo de rock, o visual dos garotos, a franqueza nas entrevistas, a espontaneidade nos programas de TV. Em algumas semanas eles se tornaram estrelas na Alemanha. Eram os novos ídolos. Apesar de tudo eles eram jovens, mal tinham completado 15 anos e Josh contratou uma equipe de segurança dirigido por Saly. Saly e Tony eram seus primeiros seguranças.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeTue Sep 08, 2009 4:30 am

O álbum foi lançado e foi um sucesso sem precedentes na Alemanha. Nunca uma banda de rock tão jovem tinha tido tanto sucesso ou tinha sido tão idolatrada pela audiência. Eles fizeram a primeira turnê no fim do ano. Foram requisitados em todas as partes do país, viraram capa de revista todos os dias e milhares de sites na Internet foram criados.
O fenômeno rapidamente atravessou a fronteira e logo Japan Road era aclamado em todos os países da Europa. E mais especialmente na França.
Incrivelmente, a banda percebeu graças aos sites, que eles tinham um sucesso enorme entre os fãs franceses. Eles viram vídeos no YouTube de fãs cantando em Alemão. Rapidamente, os websites se organizaram para traduzir as entrevistas e as letras das canções, as revistas receberam pedidos para artigos e os canais musicais divulgavam seus clipes. Em cada cidade, adolescentes pensavam que eles eram os únicos que gostavam dessa banda que cantava numa língua incompreensível para a maioria dos jovens. Eles eram os poucos a aprenderem Alemão como língua estrangeira. Mas era precisamente essa a razão do sucesso. Era algo novo e fora do comum. Todo mundo ouvia música Americana e Inglesa. Isso era meio abundante. Banda de rock cantando em alemão, sem medo de mostrar sua personalidade como Japan Road fazia, só existia uma. E cada adolescente que gostava da banda se sentia um pouco especial, diferente. Eles conheciam uma banda que mais ninguém conhecia. Os outros amavam um cantor em alta, mas eles não seguiam a moda estupidamente.
Aos poucos, os fãs de Japan Road aprendiam lições de suas músicas, e afirmavam suas diferenças e seus gostos. Os cabelos, as unhas e as pálpebras viraram preto. As roupas foram cobertas com caveiras, estrelas, corações partidos e cerejas. As listras e o xadrez voltaram à moda. E quando a banda começou a fazer divulgação e shows, eles rapidamente observaram a extensão do seu sucesso. Dois anos depois, nada previa que esse sucesso enorme se tornaria ainda maior, tanto que a banda se tornou um completo e inexplicável fenômeno sem precedente. As vendas de CDs e DVDs explodiram apesar da crise que a maioria dos artistas enfrentava devido aos downloads ilegais, a produção de algumas revistas aumentou em escala, ingressos de show foram vendidos em uma tarde e, sempre, uma multidão de garotas seguia a banda pra qualquer lugar que eles fossem. Elas dormiam em frente à rádios, estúdios de TV, arenas de show, hotéis. Elas chegavam vários dias antes e acampavam lá. Elas tinham feito seu hino absoluto a canção de Pascal Obispo, “Fan”, mas finalmente a música que se encaixava melhor era “La Groupie du Pianiste” de Michel Berger.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeFri Sep 25, 2009 11:31 pm

Na época da primeira turnê francesa, muitos eram os fãs que seguiam a banda em várias datas, ou todas as datas. Eles viajavam pela França. Os adultos diziam que eles eram loucos, obcecados, idiotas, inconscientes... Na realidade, eles eram organizados e independentes. De fato, eles faltavam à escola, mas pegavam o que tinham perdido depois. Comparados com os jovens que passavam os dias estupidamente em frente da TV, eles pegavam o trem, viajavam, visitavam novas cidades. Enquanto os adolescentes jogavam vídeo-game no computador o dia inteiro, eles usavam a Internet para encontrar os bilhetes de trem mais baratos, mapas das cidades, um site de reserva de última hora que possuía quartos de hotéis baratos. E enquanto os outros falavam no MSN ou em chats, eles se juntavam na frente do local do show, dividindo suas dificuldades, suas memórias, suas confidências e as últimas informações sobre a banda. Alguns fãs criaram a SDF¹, Sociedade dos Fãs Devotos e os adolescentes ficavam orgulhosos de fazer parte deste grupo. Este nome foi dado para aqueles que seguiam as divulgações, aparições e shows de Japan Road. Mas as fãs mais conhecidas eram as Lunáticas. Alice, Anta, Camille, Carmen, Fanny, Julia e Victoria. Sete jovens garotas que seguiam a banda desde o início. Desde que Zu Der Mond Fliegen tinha estreado na rádio alemã. Elas escolheram este nome fazendo referência à lua e a primeira canção. Mas também porque o seu humor mudava tão freqüente quanto às mudanças da lua. Sempre na primeira fila, era fácil encontrá-las e a mídia falava sobre elas. Alice algumas vezes era convidada em programas de TV como a fã de Japan Road. Desde então, mesmo se os outros não soubessem o seu nome, eles lembravam dela como “a garota ruiva” que estava na TV.

¹SDF: Sans Domicile Fixe em francês. Pessoas sem teto, sem uma casa. Este era praticamente o modo de vida dos fãs de Japan Road. SDF também é Societé Des Fans em francês, Sociedade De Fãs. É possível brincar com as letras na versão francesa original.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeSat Sep 26, 2009 5:58 am

Hoje, tudo que acontecia ao redor da banda era completamente e simplesmente incrível. O velho homem tinha se inclinado para a parede entre as arcadas. Ele tinha dificuldades em entender.
– Mas por que diabos sofrer tanto para fazer isso? Por que esperar o dia inteiro no frio?
– Para ver eles! – as garotas gritaram.
– Quando eles chegam no hotel, algumas vezes eles dão autógrafos. – Chouk explicou.
– É raro. – Line contradisse. – Eles preferem assinar no dia seguinte da divulgação.
– É, isto é verdade. – Aby concordou.
– Mas de qualquer forma, nós devemos estar lá! – Clauchette disse.
– E nós não vamos apenas para ter fotografias e autógrafos, – adicionou Amélie – e sim para mostrar a eles que nós estamos aqui e os apoiamos.
– Isso é certo! – algumas garotas aprovaram.
– Mas como vocês sabem em que hotel eles estarão? – o homem perguntou – Celebridades mantêm esse tipo de coisa em segredo...
– Bem, é fácil, eles sempre vão ao Royal Monceau! – Delphine exclamou, e suas amigas lançaram um olhar reprovador seguido de um “shhhhhh!”.
– É na Avenida Hoche, – Aby disse – aposto que esta foi uma grande batalha alemã também!
– Há, há! – O velho senhor riu. – Ah, de jeito nenhum, venham e vejam!
Ele levou ela embaixo da segunda arcada e, gravado na parede do pilar do norte, ela podia ler “Hoche”, bem abaixo de “Bernadotte”, um Marechal de que ele havia falado há alguns momentos.
– O General Lazare Hoche lutou durante a Revolução Francesa. E depois, ele encabeçou o Exército da República Jovem, cujo propósito era lutar contra os revolucionistas ou inimigos para manter o reinado de Louis XVI... Além do mais, falando de Louis XVI, – disse o homem, apontando o segundo nome no topo da coluna – o Marquês de LaFayette foi capturado e mantido em cativeiro em Magdeburg.
– Sério?! – as adolescentes exclamaram, interessadas por qualquer pequena informação referente a seus ídolos.
– Sim. Foi em 1792. Queriam tirar o Rei de seu trono e LaFayette foi contra isso. Ele pressionou o Rei para iniciar a guerra e lutar contra as pessoas e inimigos com o Exército da República Jovem. Infelizmente, ele foi capturado. Em Magdeburg, ele ficou detido em um pequeno e úmido apartamento subterrâneo, sob condições inumanas... Um mês depois, tomou parte na Batalha de Valmy com as conseqüências que vocês sabem: a primeira república, mudanças no calendário, etc... E nesta Batalha de Valmy, no campo adversário, vocês sabem contra o quê um jovem romancista alemão chamado Goethe lutou?
As garotas começaram a ficar realmente impacientes.
– Bem, o tempo voa e nós somos esperadas! – Chouk interrompeu o velho homem. – Apressem-se, garotas!
Elas se beneficiaram dessa interrupção para pegar suas malas e deixar o Arco do Triunfo. Elas foram adiante rindo, enquanto Chouk fulminava. Realmente, as amigas dela não tinham nenhuma iniciativa! Se não fosse ela para cortar a conversa, o homem ainda estaria lá, dando a elas uma lição de História da guerra. E mais, elas não conheciam esse senhor, então nada as obrigava a ouvir silenciosamente seus discursos.
Elas foram até a Avenida Hoche e no cruzamento com a Rua de Beaujon, elas se depararam com um bom piso. Enquanto se aproximavam, perceberam que apenas poucos fãs já estavam lá. Um pequeno grupo estava no lado oposto do grande abrigo de vidro do Royal Monceau, que abrigava a entrada na frente de onde o carro da banda iria parar, e duas adolescentes se ocupavam para montar sua barraca, um pouco mais retirado. Clauchette colocou suas malas no chão com alívio. Chouk sentou numa delas, como de costume. Amélie pegou dois sacos de dormir e deu um para sua irmã. Aby abriu a segunda mala de Chouk e tirou dela um grande cobertor. Ela se enrolou nele com Delphine. Somente Clauchette e Chouk enfrentavam o frio e ficavam quietas sentadas em suas malas. Elas estenderam uma manta no chão e sentaram-se lado a lado. Elas observaram Mathilde e Guillaume que cobriam sua barraca com cobertores térmicos para isolar-se do frio.
Mathilde segurava os cobertores, com o lado dourado para fora, e Guigui os fixava usando fita adesiva. Ela também colocou um cobertor térmico no lado de dentro, no chão, com o lado prateado para o exterior desta vez. Então eles entraram e cuidaram para que o zíper fechasse bem a porta. Os outros caíram na gargalhada, facilmente imaginando o que iria acontecer debaixo da barraca. Mas Guigui era gay e se eles estavam escondidos, era apenas para preparar algo que eles não queriam revelar aos fãs. Pelo menos, não ainda.
Mathilde ligou seu laptop enquanto Guillaume tomava precauções para tirar um pequeno helicóptero e seu controle remoto de uma caixa. A grande mala de viagem da adolescente estava sendo usada como mesa para o laptop e Guigui pousava o brinquedo de lado enquanto fazia algumas conexões. Quando cabo RCA foi conectado, os dois trocaram um olhar de conhecimento, orgulhosos deles mesmos e do que haviam preparado.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeWed Sep 30, 2009 4:09 am

Então chegou um grupo inteiro da SDF, as garotas da Sociedades dos Fãs Devotos. Morgi, Farah, Laëtitia, Panda, Apple, Maeva, Peanut, Suika, Despair e Ewigkeit se acomodaram do lado do pequeno grupo de Chouk e Aby. Algumas garotas se conheciam da Internet e outras já tinham se conhecido durante a última visita de Japan Road à França. Elas formaram um grande grupo. Maeva e Despair despararam para Franprix, o supermercado em frente ao hotel, para fazer compras enquanto Laetitia montava sua barraca, com ajuda das amigas.
Os empregados do Royal Monceau olharam para toda essa gente ocupada em se acomodar como se estivessem num acampamento. Outra barraca foi aberta: a de Apple. Depois de algumas horas, elas tinham transformado o pavimento em um lar. O staff estava atônito de que a direção do hotel permitia isso. Mas tinha outro jeito? Japan Road eram ótimos clientes e recusar os fãs seria igual a recebê-los mal. A banda gostava de ver seus fãs. Algumas vezes eles faziam um sinal para eles de seu quarto ou da sacada, e sempre havia sessões de autógrafos e fotografias. Às vezes, várias. E para dizer a verdade, os outros clientes do hotel não pareciam estar incomodados com as garotas. Ao contrário, era um show a ser contemplado com admiração ou recreação, de acordo com as pessoas.
Morgi tinha pego seu violão e começou a tocar melodias aleatórias de Japan Road. E Laetitia começou a cantar a primeiro música de Japan Road. A que tinha revelado eles.
I’m watching you... Walk out the door... There’s nothing left here anymore...
I feel the cold! – gritaram todas as adolescentes juntas – It’s driving me insane... – Elas continuaram e juntas cantaram “To The Moon, Soon”.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeWed Sep 30, 2009 4:10 am

We know each other for so long (nós nos conhecemos por tanto tempo)
I can’t believe that now you’re gone (não posso acreditar que agora você se foi)
I read in the stars (eu leio nas estrelas)
We’ll be together again (nós estaremos juntos de novo)

Flying to moon, soon (voando para a lua, logo)
Another world (outro mundo)
Where I’ll hide sometimes (onde eu me esconderei às vezes)
Until the pain won’t hurt (até a dor não machucar)
Watching the stars (vendo as estrelas)
Up in the sky (alto no céu)
And when l loose myself (e quando eu me perco)
I’ll think of you (eu penso em você)
Together we’ll be one (juntos seremos um)
And somewhere new (e algum lugar novo)
To the moon, soon (para a lua, logo)
Fly back to you (voar de volta a você)

A half moon’s coming in my sight (meia-lua está vindo na minha visão)
Sometimes ago, it was at your side (algum tempo atrás, ela estava do seu lado)
It carries your vision (ela carrega sua visão)
Left me less alone (me deixa menos sozinho)

I know it’s like we meet right now (eu sei que é como se nos conhecêssemos agora)
I feel you here, I don’t know how (eu te sinto aqui, não sei como)
Always you make (sempre você faz)
This darkness feels like a home (essa escuridão parecer um lar)

Flying to moon, soon (voando para a lua, logo)
Another world (outro mundo)
Where I’ll hide sometimes (onde eu me esconderei às vezes)
Until the pain won’t hurt (até a dor não machucar)
Watching the stars (vendo as estrelas)
Up in the sky (alto no céu)
And when l loose myself (e quando eu me perco)
I’ll think of you (eu penso em você)
Together we’ll be one (juntos seremos um)
And somewhere new (e algum lugar novo)
To the moon, soon (para a lua, logo)
Fly back to you (voar de volta a você)

Hey, Hey (ei, ei)
I’m flying always higher (estou voando cada vez mais alto)
Following my way (seguindo meu caminho)
Let stars take me straight into you (deixe as estrelas me levarem até você)
I’ll be flying night and day (eu estarei voando noite e dia)
I’ll be with you soon (estarei com você em breve)
Just me and you (apenas eu e você)
We’ll be there soon (estaremos lá logo)
So soon (tão logo)

Flying to moon, soon (voando para a lua, logo)
Another world (outro mundo)
Where I’ll hide sometimes (onde eu me esconderei às vezes)
Until the pain won’t hurt (até a dor não machucar)
Watching the stars (vendo as estrelas)
Up in the sky (alto no céu)
And when l loose myself (e quando eu me perco)
I’ll think of you (eu penso em você)
Together we’ll be one (juntos seremos um)
And somewhere new (e algum lugar novo)
To the moon, soon (para a lua, logo)
Fly back to you (voar de volta a você)
To the moon, soon (para a lua, logo)
Fly back to you (voar de volta a você)
Fly back to you (voar de volta a você)


Last edited by Laura on Wed Sep 30, 2009 4:41 am; edited 1 time in total
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeWed Sep 30, 2009 4:32 am

Mal terminaram, e Morgi continuou com “Flieght Nicht” na versão francesa. A banda tinha que apresentá-la amanhã e um vídeo com o ensaio na Alemanha tinha sido divulgado numa reportagem do Viva, o canal musical alemão. Essa era a razão pela qual as fãs já sabiam a letra dessa nova versão de cor. Mais uma vez, todas as garotas cantaram junto.

Là haut sur le toit (no alto do telhado)
Tout est noir autour de toi (tudo está escuro ao seu redor)
Chaque pas en silence (cada passo em silêncio)
Te libère d’une souffrance (te liberta da dor)

Tu regardes le ciel (você olha pro céu)
Et tu te sens pousser des ailes (e sente que cria asas)
Tu crois pouvoir sauter (você pensa que pode pular)
Et enfin pouvoir t’envoler (para ao menos poder voar)

J’me perds dans la nuit sans toi (estou perdido na noite sem você)
N’me laisse pas comme ça (não me desaponte desse jeito)
T’envole pas (não voe)
Les étoiles te guident pas (as estrelas não vão te guiar)
Si tu n’y crois pas (se você não acreditar)
T’envole pas (não voe)
La lune t’éclaire (a lua te ilumina)
Si tu te perds (se você está perdida)
Fais confiance à sa lumière (confie na luz dela)
T’envole pas déjà… (não voe tão cedo)

Tu ouvres les yeux (você abre seus olhos)
Tu ne sais même plus pourquoi (você não sabe por quê)
En quittant l’enfance (enquanto deixava a infância)
Tu n’as trouvé que des souffrances (você só encontrou dor)

Et dans le ciel (e no céu)
La vie te parait plus belle (a vida parece mais bela)
Alors tu veux sauter (então você quer pular)
Et enfin pouvoir t’envoler (para ao menos poder voar)

J’me perds dans la nuit sans toi (estou perdido na noite sem você)
N’me laisse pas comme ça (não me desaponte desse jeito)
T’envole pas (não voe)
Les étoiles te guident pas (as estrelas não vão te guiar)
Si tu n’y crois pas (se você não acreditar)
T’envole pas (não voe)
La lune t’éclaire (a lua te ilumina)
Si tu te perds (se você está perdida)
Fais confiance à sa lumière (confie na luz dela)
T’envole pas déjà… (não voe tão cedo)

Laisse les étoiles dans le ciel (deixe as estrelas no céu)
Je n’ai qu’une chandelle (eu só tenho uma vela)
Pour éclairer ton ciel (para iluminar o seu céu)

Mais c’est bien réel (mas é bem real)
Viens, je t’appelle (venha, eu te chamo)
T’envole pas… (não voe)

J’me perds dans la nuit sans toi (estou perdido na noite sem você)
N’me laisse pas comme ça (não me desaponte desse jeito)
T’envole pas (não voe)
Les étoiles te guident pas (as estrelas não vão te guiar)
Si tu n’y crois pas (se você não acreditar)
T’envole pas (não voe)
La lune t’éclaire (a lua te ilumina)
Si tu te perds (se você está perdida)
Fais confiance à sa lumière (confie na luz dela)
T’envole pas déjà… (não voe tão cedo)

Et si tout ça ne retiens pas (e se tudo isso não te impedir)
Je volerai pour toi… (eu voarei por você)
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeWed Sep 30, 2009 5:11 am

Elas continuaram com a terceira música e ninguém notou que Despair tinha se levantado e se isolado embaixo da barraca de Apple. Ela estava literalmente fria. Não era tanto o frio, mas as letras da canção que fizeram ela tremer. Ela subiu a manga de sua jaqueta preta de couro, depois do seu moletom, e descobriu o seu pulso, cheio de cicatrizes vermelhas. Marcas de seu desconforto. Um sofrimento que tinha virado físico e marcado seu corpo. Quantas vezes ela tinha pensado em pular para voar em direção a um mundo melhor? Mas qual era a necessidade de morrer? Ela já se sentia morta. Quantas vezes ela tinha se ferido para sentir a lâmina cortando sua pele? Uma dor que lembrava que ela ainda estava viva. O sangue que corria pela sua mão e pingava na pia era bem real. Seu coração batia tão forte quanto a bateria imprimia o ritmo de Flieght Nicht. E sobre esse barulho, uma voz macia soou em Alemão.

Estou perdido na noite sem você
Não me desaponte desse jeito
Não voe


Então ela viu a face de Liam no espelho. As imagens do vídeo rolaram na frente de seus olhos, cheios de lágrimas. Ninguém via seu desconforto. Ninguém sabia como ela se sentia. Exceto ele. Ele, ele sabia. Ele cantava. Ele entendia que ela estava exausta. E ele foi o único a deter-la. Ele cantava e a acalmava. Sua voz era como bálsamo nas feridas. Ela cantou o refrão com ele, pressionando o pulso na pia, e então deixou o banheiro mais serena do que quando entrou. No seu quarto, ela colocou os fones de ouvido do MP3 player e adormeceu com a voz de Liam sussurrando-lhe palavras de conforto.
Ela pegou seu celular e ligou para Mathilde, na barraca apenas a alguns metros dela.
– Mathilde? É a Despair do fórum.
– Ah, olá, está tudo bem?
– Sim, sim. Cheguei. Eu tenho a carta…
– Legal. Estou saindo, estou na barraca com o cobertor térmico dourado.
– Eu sei, vi você colocando ele.
– Ah ok. – Mathilde riu. – Me encontre lá fora, então.
As duas deixaram suas barracas, trocaram beijos e algumas banalidades sobre o tempo e a viagem. Então Despair entregou a carta para Mathilde.
– Mas como você vai entregá-la para Liam? – Ela perguntou.
– Gui trouxe um helicóptero de controle remoto e nós vamos fazê-lo voar até a janela dele!
– Sério?! – Despair exclamou, com os olhos arregalados. – E você vai colocar as cartas dentro?
Nein! Vou pendurá-las nas asas. Com um pedaço de fita adesiva. Muito legal! Gui vai fazer o helicóptero voar até na frente da janela, e depois vai fazer ele bater contra o vidro.
– Mas como você vai saber em qual quarto Liam estará?
– Bem... – Mathilde exclamou, como se fosse óbvio. – Quando eles chegarem, apenas temos que observar qual quarto se acenderá! Eles sempre ficam no quinto andar, de qualquer forma. – Ela disse, mostrando o topo do edifício.
Mathilde pegou a carta e disse que eles fariam alguns testes nessa tarde. Despair se virou em direção a seus amigos, com um pequeno sorriso nos lábios. Liam iria receber sua carta. Ele iria finalmente saber como era importante para ele. Se de alguma forma amanhã a vida fosse realmente insuportável para ela, pelo menos antes de ir embora ela teria dito a ele o que ela queria.
Por volta das 6 da tarde, alguns novos fãs chegaram e antes que tivesse muita gente lá, Guillaume cuidou dos testes do helicóptero. Ele o fez voar não muito longe para começar e testar as alavancas. Ele já havia feito isso em casa mas sempre tinha que checar se estava tudo ok. Então ele deixou-o passar pelo beco que os separava do hotel e depois para o topo do abrigo de vidro. Ele trouxe-o de volta em sua direção e voltou para debaixo de sua barraca. Quando saiu, o helicóptero tinha cartas presas às barras. Mathilde o manteve em sua mão, como quem segura com precaução um passarinho pronto para voar e Guillaume ativou a decolagem. Ela apoiou por um momento, até atirando seu braço no ar, em seguida o helicóptero saiu nos ares, sob os olhares interrogativos dos funcionários do hotel. Fãs também olhavam o pequeno helicóptero com admiração. Eles acharam tão inteligente que correram até Mathilde e Guillaume para pedir que enviassem uma carta à banda por eles. Uma carta que eles iriam imediatamente escrever com as folhas de caderno e pedaços de papel que achariam. Mathilde retornou para debaixo da barraca enquanto o pequeno helicóptero rodou na frente do prédio. Para terminar, Guillaume fez ele alcançar o último andar. Ele conseguiria até guiá-lo além do hotel se quisesse. Mathilde saiu, olhou para o helicóptero descendo de volta para eles e o pegou delicadamente. Ambos tinham um grande sorriso.
– Foi como o planejado! – ela exclamou.
– Sim! – Ele disse, loucamente deliciado e muito orgulhoso de si mesmo e de sua ideia genial.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeFri Oct 02, 2009 5:24 am

2 – Zimmer 104

10 de dezembro de 2007, domingo.
2:19 da tarde.

O trem vindo de Laroche-Migennes chegou em Gare de Lyon. Enquanto todo mundo foi ativado para se juntar ao êxito, Jenifer continuou sua leitura. Ela queria aproveitar ao máximo o último romance de Lauren Weisberger, Todo Mundo que Vale a Pena Conhecer. Pensando no seu final de semana, o livro era realmente adequado. Ela iria conhecer pessoas lindas durante os próximos dias...
Ela colocou o romance dentro da bolsa e pegou sua bagagem; uma grande bolsa de couro branco contendo suas roupas e artigos pessoais, e uma preta, também pesada, cheia de bebidas e comida. No luxuoso hotel que ela iria ficar, ela não poderia pagar a comida do restaurante, nem tomar o café no bar.
Logo que ela desceu do trem, ela sentiu uma atmosfera particular de viagem. Debaixo de um imenso teto de vidro o burburinho das conversas, de pessoas falando em línguas estrangeiras que ela nem sempre reconhecia. Ela cruzou com pessoas apaixonadas se reencontrando, famílias que tentavam manter sua pequena tribo unida, viajantes cansados, carregados ou pressionados, algumas vezes os três juntos. Ninguém prestou atenção às palmeiras decorando o hall. Não notaram o grande relógio, nem as arcadas trabalhadas do Blue Train, o restaurante luxuoso da estação. Jenifer, comparada com outros viajantes, olhou todos os lugares. Seus reflexos de escritora foram ativados, prontos para capturar cada detalhe para transcrevê-lo depois num futuro romance.
No final da plataforma, Cécilia espereva ela com sua mala de rodinhas. As duas amigas se abraçaram e Jenifer insistiu em tomar um café no Blue Train.
– Jenny, se nós começarmos a gastar nosso dinheiro...
– Mas é um local histórico! – ela exclamou enquanto entrava no estabelecimento. – Você sabia que foi construído para a Feira Mundial de 1900? Como a Torre Eiffel.
Tomando seu café, as jovens mulheres admiravam a grande sala, cuja decoração era sobrecarregada com esculturas, detalhes dourados e pinturas. Depois de algumas horas no transporte público, era prazeroso descansar por um momento num banco de couro pintado.
– Você consegue imaginar? – começou Jenny. – Coco Chanel, Brigitte Bardot, Dali, Jean Cocteau vieram aqui!
– Pessoas que podiam pagar. – enfatizou Cécilia.
– Essa não é a questão...
– De qualquer forma, é. Você tem que pagar a conta no final da refeição!
– É verdade, mas é mais uma questão de decoração, de ambiente. O estilo de 1900, os turistas que viajam, os trens que chegam e partem...
Cécilia nunca discutiu sobre isso com sua amiga. Ela não estava muito impressionada com História ou Arte, e de acordo com ela, essa abundância de luxo era demais. Ela preferia a simplicidade de um pequeno café, mesmo que nenhum estilista ou escritor famoso já tenha estado lá. Então elas saíram para esperar o pai de Cécilia, no Louis Armand Place.
E apesar das reclamações sobre o frio e o vento, Jenny admirou a fachada da estação e seu campanário. A torre, com 67m de altura, carregada nos quatro lados com um relógio de 6,5m de diâmetro lembrava o Big Ben em Londres.
Logo o motorista delas chegou e elas começaram a cruzar Paris. Elas eram impacientes, animadas como adolescentes. Cada uma tinha um projeto para concluir nesse final de semana. Cécilia trabalhava voluntariamente para o fã clube francês de Japan Road. Amanhã, ela iria levar com ela 50 fãs para a gravação do show Hit do Ano 2007 apresentado por Flavie Flament. Mas não era sua única missão. Também, ela queria entregar para a banda e para o empresário um arquivo sobre o fã clube para que se tornasse “fã clube oficial”.
Para Jenny, ela atualmente escrevia um romance cuja heroína era uma filha de uma estrela do rock’n’roll, que tinha crescido em hotéis, no ritmo da turnê de seu pai e sob os olhos críticos da mídia.
Ela pegou como exemplo Anaïs Paris, filha de Rob Paris, o guitarrista da famosa banda de rock Danger. Anaïs era alternadamente desenhista, escritora, designer, cantora, modelo... E ela era uma amiga de infância de Japan Road. Jenny sabia de algumas fontes seguras de informação que ela tinha namorado o vocalista. Toda vez que a banda estava em Paris, a garota estava lá também e Jenny esperava ser possível conhecê-la e conversar com ela sobre o livro. Se necessário, ela iria entregar um manuscrito.
Esta era a razão pela qual as duas tiveram a louca iniciativa de reservar um quarto no mesmo hotel que Japan Road. Para ter todas as chances do lado delas, para ter certeza de encontrá-los toda vez que iriam entrar e sair do hotel. E para Jenny, era a oportunidade de conhecer como era a vida num hotel de luxo.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeFri Oct 02, 2009 4:41 pm

– Eu espero que a gente possa ver eles e conversar um pouco – Cécilia pensou em voz alta. – Junto com os arquivos, eu vou dar a cada um deles um cartão. Eu traduzi uns recados pequenos pra alemão.
– O que diz nesses recados?
– Eu explico que eu “trabalho” para o Fã Clube Francês e que nós gostaríamos que nossa associação se tornasse oficial, para ter trocas verdadeiras entre a banda e os fãs. E também deixo eles saberem que amanhã, no programa de TV, todos os fãs com camisa vermelha são do fã clube, e que uma surpresa está preparada para eles.
– Isso é legal. Qual é a surpresa?
– Outra garota está encarregada disso. Ela imprimiu “Frohe Weinachten” em papéis coloridos. Uma letra por papel. Significa “Feliz Natal”. Nos recados, eu também pedi para eles uma hora marcada, e deixo eles saberem que ficarei no mesmo hotel durante esses poucos dias de divulgação.
– Você acha que eles vão aceitar?
– Sim, eu acho que sim! – Cécilia, logo completamente confiante, exclamou. – Frequentemente Liam confessa aos jornalistas que ele se sente sozinho em seu quarto de hotel. Ele se encontra totalmente sozinho depois de estar com várias pessoas durante o dia. Então por uma vez, se ele puder achar algo pra fazer e encontrar pessoas, eu não acho que ele vá recusar.
Jenny não tinha confiado a sua amiga a informação relacionada com Anaïs Paris. Ela também não queria acabar com as esperanças de Cécilia, mas considerando que Anaïs estaria lá, Liam não estaria sozinho, sentindo-se triste em seu quarto e era extremamente provável de que ele recusaria a hora marcada para passar o máximo de tempo possível com sua namorada. E pra dizer a verdade, certamente não era a banda que decidia se um fã clube se tornaria oficial, e sim o empresário.
Ocupadas como elas estavam em conversar e imaginar seus encontros com a banda e Anaïs, elas não viram Paris passar sob seus olhos e quando foram se preocupar em saber onde estavam, o Arco do Triunfo estava bem à vista; elas estavam cruzando o Champs Elysées.
Uma garoa insistente batia no pára-brisa do carro, e o limpador a varria rapidamente, quase no mesmo ritmo que as batidas de seus corações. Elas se aproximavam de seu destino, e tão idiota quanto possa parecer, elas tinham borboletas em seu estômago. Uma mistura de animação, alegria e apreensão. Elas estavam um pouco preocupadas diante de um universo que não conheciam.
O pai de Cécilia virou no Place de l’Etoile, e então pegou a Avenida Hoche. A última linha reta. Gradualmente, elas distinguiram uma massa disforme e colorida, debaixo das árvores. Fãs. Eles se amontoavam na calçada entre a rua e o hotel. Alguns estavam enrolados em cobertas, sacos de dormir, cobertores térmicos. Outros saltavam no lugar ou ao contrário, permaneciam sem movimento, como estátuas congeladas pelo frio.
Atrás dessa pequena multidão, era possível ver a entrada do Royal Monceau embaixo do elegante abrigo de vidro, gravada com as iniciais do hotel. A bandeira francesa, a japonesa e a européia, colocadas embaixo do vidro, eram violentamente agitadas e seu tecido virava. Quando o carro parou, os funcionários do hotel se alinharam, prontos para receber os novos clientes.
Jenny e Cécilia estavam um pouco intimidadas em serem vistas por cem olhos. Elas não estavam acostumadas a receber tanta atenção. Cécilia rezou para que nenhum fã a reconhecesse e implorasse para entrar no hotel. Mas a chegada delas ocorreu normalmente e ninguém as reconheceu. O atendente carregou a bagagem delas e a deixou no hall, enquanto elas iam ao balcão da recepção. Elas entregaram a identidade e os recepcionistas checaram com as informações delas.
Jenny tinha contatado o Royal Monceau algumas semanas antes, para conseguir informações para seu romance. Ela gostaria de visitar o lugar mas não queria ir a Paris apenas para isso. E quando a oportunidade de conhecer Japan Road e Anaïs Paris ao mesmo tempo surgiu, ela aproveitou a ocasião. Mas não sabendo exatamente se a banda ficaria neste hotel, ela preferiu reservar apenas uma noite. Melody, a mulher encarregada da comunicação com a imprensa do estabelecimento tinha garantido a ela que o começo de dezembro não era um período agitado e ela poderia reservar o lugar mais uma noite sem problemas.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeFri Oct 02, 2009 5:05 pm

– Nós vamos reservar uma segunda noite, para amanhã – Jenny disse para a recepcionista que digitava no computador.
– Isso não vai ser possível, nós estamos lotados. – Um homem elegante de terno azul escuro anunciou numa voz firme. Nada como as boas-vindas cordiais de um recepcionista.
– O quê? – Jenny simplesmente disse, surpresa, não esperando essa resposta de jeito nenhum. Ela nem tinha notado a presença desse homem antes.
– Nós estamos lotados – ele repetiu e as garotas sentiram um início de pânico. Não era possível, aonde elas iriam dormir no dia seguinte?
– Eu não entendo. Me afirmaram que não haveria problemas em reservar uma segunda noite.
– Não será possível.
– Sua colega do departamento de comunicação com a imprensa disse a mim que este período do ano não era agitado...
– Nós nem sempre podemos prever quantas reservas teremos. E atualmente estamos lotados. Desculpe. Minha colega vai lhes mostrar o quarto para esta noite. Tenha uma boa estadia no Royal Monceau!
Uma recepcionista acompanhou elas com o cartão magnético do quarto e mostrou o elevador. Elas foram até o primeiro andar. Quando saíram do elevador, chegaram num longo corredor. Do lado oposto, havia uma sala de estar mobiliada com poltronas e sofás, uma grande mesa de mármore cinza, iluminada por um lustre de cristal suntuoso.
A recepcionista virou à esquerda e abriu o quarto 104 para elas. Ela deu um cartão magnético, assim como alguns cartões com vários números e um de acesso ao spa. Ela desejou uma excelente estadia no hotel e saiu. Então o carregador de bagagem chegou. Ele deixou as malas e a bolsa de mão na entrada do quarto, também desejou uma estadia prazerosa e fechou a porta atrás de si.
Apesar das boas-vidas frias do diretor do balcão da recepção, o luxo do hotel e a admiração deixou as jovens mulheres de bom humor. Para começar, elas descobriram os lugares. Entraram num pequeno corredor, onde o banheiro ficava, e onde havia uma janela que as intrigava. Espelhos substituíam os painéis e Jenny pensou que era um armário. Ela abriu-o e apareceu o que era simplesmente uma parede atrás.
– Você consegue imaginar?! Se nós tivéssemos uma vista do banheiro do vizinho! – Cécilia exclamou, e as duas começaram a rir insanamente ao imaginar a cena.
Elas agora entraram na parte do quarto. Uma cama imensa ficava no centro e de frente pra ela havia uma grande TV de plasma, num móvel de madeira trabalhada. Em cada lado havia uma poltrona. A janela dava a elas uma vista da Avenida Hoche. O quarto era bem acima do topo do abrigo de vidro e as bandeiras se agitavam atrás da janela delas. Parecia que elas ouviam uma música cantarolada pelos fãs. Elas abriram a cortina e viram os adolescentes rígidos com o frio da rua. Há quanto tempo eles estavam lá? Jenny se perguntava. Embaixo da janela, uma pequena escrivaninha estava equipada com um kit de conexão para Internet, um bloco de papel de carta e o menu dos pratos do hotel para os vários bares e restaurantes. Era simplesmente esplêndido.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeFri Oct 02, 2009 7:12 pm

Das zimmer ist richtig geil! – Cécilia exclamou, deitando na cama. Expressar-se em alemão a fazia sentir próxima de Japan Road. E estava na moda. Já se foi o tempo em que nos exibíamos empregando palavras em inglês, agora os adolescentes mostram suas diferenças falando alemão.
Ja, sehr schön! – Jenny aprovou. – Mas por mais lindo que seja, ainda temos um problema.
– É...
– Não é possível que o hotel esteja cheio! Melody me disse semana passada que não haveria problemas...
Elas ficaram em silêncio por um momento, deitadas sobre a cama, lado a lado, quando de repente Cécilia teve a ideia de ligar seu laptop e conectá-lo a Internet. Jenny não se moveu. Ela tentou se acostumar com a ideia de que amanhã elas dormiriam em outro hotel. Talvez era melhor, na verdade. Era um pouco louco gastar tanto dinheiro em tão pouco tempo. Uma noite no Royal Monceau representava um mês de aluguel!
– Não está completamente lotado! – Cécilia triunfou, sentada na pequena escrivaninha.
– Eu estou no royalmonceau.com e consigo reservar para os próximos dias. Na verdade existem vários quartos disponíveis: quartos tradicionais, suítes pequenas, suítes de luxo...
– É verdade? Tem certeza disso?
– Sim, olhe isto… Eu reservo para amanhã a noite… 11 de dezembro… 2 adultos… Quarto tradicional… Eu clico… E funciona. Um e-mail de confirmação será enviado para sua caixa de entrada. Estou checando… Está ok, eu consegui!
– Cilia, você é um gênio!
Ela apertou a amiga em seus braços e as duas deixaram a alegria de achar uma solução explodir. Elas estavam lá, não estavam? A única coisa que elas não entendiam era por quê o diretor tinha mentido para elas. Para quê? Elas finalmente pularam essa pergunta para desfazer as malas e comer. Jenny tirou uma garrafa de Vanilla Coke, um sanduíche e uma banana. Cécilia tinha comido em casa, e para essa noite, ela pretendia fazer algumas compras no Franprix, bem à frente do hotel.
Às 5:45 da tarde, uma fã alemã mandou um SMS para Cécilia para informá-la de que Japan Road tinha deixado a Alemanha. O avião deles tinha acabado de decolar. Ela espalhou a informação para os outros membros do fã clube e fez algumas ligações para o site oficial do time francês. Elas eram parceiras e iam se conhecer amanhã.
Dez minutos depois, as notícias circulavam no MSN e nos fóruns, e chegavam aos celulares das fãs que esperavam no aeroporto. Elas sabiam então que JR estaria na França por volta das 7:30 da noite. Em um pouco mais de uma hora e trinta minutos.
Enquanto Jenny estava quietamente lendo na cama as aventuras pessoais de Beth, Cécilia mantinha contato com a sua tribo no MSN e recebia chamadas múltiplas. Ela parecia um ministro. Em meia hora, ela tinha instalado o QG do fã clube no quarto. Na escrivaninha estava seu laptop e seu celular, já no carregador de bateria. Na cama, uma pilha de arquivos do fã clube e cartas para a banda. No móvel, do lado da grande tela da TV, a lista de fãs para o show de amanhã, a convocação, outra lista do time do site oficial e crachás, para que os fãs reconhecessem os organizadores.
Ela tinha feito algumas compras no Franprix e pedido ao serviço de quarto uma caneca de água quente. Com sachês instantâneos ela fez um café expresso. Estava no seu terceiro café quando, as 7:22 da noite, uma fã a informou que o avião vindo de Hamburgo tinha pousado. A banda ainda não havia saído, mas eles não iriam demorar! Ela ligaria de novo avisando se tinha conseguido autógrafos ou fotos.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeFri Oct 02, 2009 7:49 pm

3 – A chegada

10 de dezembro de 2007, domingo.
7:37 da noite.

Liam Karitz arrumou seu longo cabelo com dedos, as unhas pintadas. Ele podia se exibir por ter popularizado este estilo. A maioria de seus fãs agora pintava as unhas metade em preto, metade em branco. Como ele, eles também haviam tingido os cabelos de preto com algumas mechas loiras e delineado os olhos com um excesso de lápis preto e sombra escura.
Nesta noite, ele estava apenas com uma linha fina de lápis e rímel. Escondido por trás de seus grandes óculos escuros, ele deslizou pelo aeroporto com uma expressão suave, então seus olhos castanhos se viraram para seu irmão. Théo estava inspecionando a vizinhança como os outros membros da banda. Só que Liam sabia exatamente o que seu irmão gêmeo estava sentindo naquele momento: um vago enjôo. Um frio na barriga. Uma carícia tão leve como a felicidade de ver seus fãs novamente, mas as asas de borboletas batiam tão rapidamente quanto a histeria destes fãs. Era um sentimento estranho.
Gisèle, a representante dos patrocinadores franceses, conversava com Derek, o segurança da banda, e Lucas , o motorista. Enquanto isso, Jaki, o chefe da segurança, cuidava da organização das malas, estudando a excitação dos fãs que estavam em todos os lugares e mentalmente traçava o caminho pelo qual iria levar a banda. Quando ele entrou na pequena sala de espera VIP, acompanhado pela equipe de segurança completa, foi como se uma granada de stress tinha acabado de explodir. Aqui estávamos nós, prestes a ir. Ou melhor, chegar...
Liam avançou em direção à porta, atrás ia Jaki, rodeado por Derek e Tabbi. Seguidos de Théo, flanqueado por um segurança de cada lado. Depois Gisèle veio, e os outros dois membros de banda também protegidos por três seguranças, que fecharam a procissão. Lucas foi até a van Volswagen e levou ela até a saída mais próxima. Talia, a garota da maquiagem, passou sem ser notada e entrou na segunda van; que transportava a bagagem e os seguranças. Os cem pares de olhos examinavam o corredor procurando uma forma familiar. Apenas alguns fãs notaram que “a jovem garota loira” estava lá e se perguntavam se a imprensa falava a verdade. Será que o vocalista namorava ela? Fotos circulavam na Internet, mostrando Liam de perfil, se inclinando como se estivesse beijando a garota, quase irreconhecível debaixo do boné e óculos escuros. Será que era uma montagem? Seu ídolo foi pego em flagrante? Uma duvida horrível penetrou no espírito de algumas fãs, mas elas teriam três dias para resolver o mistério.
O transmissor do walkie-talkie na jaqueta de Jaki chiou algumas palavras e ele respondeu, antes de falar para seus queridos meninos as mesmas instruções de sempre.
– Nós vamos sair agora. Venham logo atrás de mim. Olhem em frente. Não parem para pegar coisas que os fãs tentam entregar, de qualquer forma eles vão ver vocês depois no hotel. Sigam direto para a van. Não vai demorar muito. Estão prontos?
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeFri Oct 02, 2009 8:06 pm

Todos concordaram, acenando com a cabeça, mas Jaki esperou o sinal de Liam. Théo lhe deu uma leve cotovelada.
– Aqui vamos nós! Japan Road oficialmente tomou posse do território francês! – Ele exclamou em alemão.
Liam não gostou muito da atitude tranquila de seu irmão, mas não pôde deixar de sorrir. Ele afastou os cabelos com um gesto gracioso, que mais tarde a impressa descreveria como uma atitude puramente feminina e que iria ser usada para incentivar os boatos sobre sua homossexualidade, assim como sua bolsa de couro branco que abrigava seu laptop e a última edição americana da revista Vogue, com Penelope Cruz na capa. “Em casa em Madri”, intitulava a matéria de capa. A Espanha era exatamente a próxima parada da banda. Eles acabariam a semana sob o sol de Madri antes das merecidas férias de Natal, sob o sol das Maldivas. Liam concordou dando o sinal verde para todos prosseguirem. Jaki avisou a Lucas da chegada deles e o restante foi rápido.
Milhões de sorrisos iluminaram o aeroporto ao avistarem o Jaki, no corredor. Era um evento, Japan Road tinha oficialmente chegado na França. Os flashes saíram de todos os lugares imortalizando aquele momento.
Liam, o cantor, tomou a frente com grandes passos, em seu jeans preto Diesel e calçando seus santiagos. Vestia a blusa que ele mesmo havia criado, com as letras JR bordadas na frente e com mangas que cobriam completamente as mãos, formando luvas. Ele tinha os cabelos baixos e macios, como sempre usava quando não estava no palco.
Théo, o guitarrista, contrariamente de seu irmão que usava roupas coladas ao corpo, usava uma calça larga azul marinho e uma jaqueta cinza. Seus longos dreads saíam do boné como usualmente e ele andava em um passo relaxado, mesmo sabendo que estava sendo observado por todos os lugares.
Geoffrey, o baixista, tinha no todo um estilo normal. Jeans, uma camiseta e uma jaqueta leve. Seus cabelos lisos que quase chegavam ao ombro balançavam enquanto ele se apressava para chegar no carro.
Gunther, o baterista, também possuía um estilo normal de se vestir. Seus cabelos curtos e discrição não evitaram a admiração na sua passagem, mesmo que os gêmeos claramente possuíam preferência da plateia.
Em dez segundos, os ídolos tinham cruzado o terminal 1, aplaudidos por uma plateia barulhenta e animada, e entraram um a um no Volswagen Caravelle. Jaki entrou por último fechando a porta, isolando a banda do incrível ruído. As luzes baixas e os vidros escurecidos pareciam um convite favorável para seus olhos. Eles podiam observar os fãs sem que eles suspeitassem.
Era sempre uma cena incrível. Eles pareciam estupefatos depois da rápida passagem. Entusiasmados somente por vê-los. Eles não pegaram autógrafos, nem boas fotografias, mas tinham visto eles. A banda estava de volta à França. Em Paris. Tão perto deles. Os SMSs foram mandados como sinalizadores. Eles estavam lá! A notícia podia ser oficialmente anunciada em sites e blogs, e para todos os fãs que os esperavam desde a manhã na frente do hotel. Era também uma corrida até os metrôs. Os fãs sabiam que a RER levarim os meninos para o hotel antes que a banda cruzasse Paris de carro. Então eles veriam os meninos de novo. Mais uma vez. Eles estavam muito felizes...
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeTue Oct 06, 2009 11:34 pm

Para Japan Road as coisas eram diferentes. Lucas mal começara a dirigir a van pelo longo Terminal 1 quando Jaki notou os dois carros que tinham rapidamente começado a seguí-los. Os motoristas eram novos e os passageiros eram mais novos ainda. A excitação e o divertimento em seus rostos já havia os entregado. Antes de entrarem na Autoroute du Nord, a segunda van mandou a informação para Jaki; o táxi que seguia eles também transportava fãs. Ele nunca dividia estas informações com a banda para não preocupa-los, mas os meninos logo perceberam os carros e seus passageiros barulhentos! O rádio do carro berrava “Turnê Freiheit 189 ao vivo na Europa”, seu último CD, e não era muito discreto. As meninas cantavam acompanhando a voz de Liam. Elas estavam se divertindo sem suspeitar que faziam sua banda predileta passar por um momento tenso. Os carros estavam chegando perto. Estava chovendo e tudo que conseguiam pensar é que estavam seguindo Japan Road, ão respeitando a distância segura entre os veículos.
Geralmente, os meninos relaxavam e conversavam. No carro eles podiam finalmente relaxar. Mas na França tinha tanta loucura! Nenhum dos quatro, nem Gisèle, olhava os carros. Eles estavam todos sobre alerta. A concentração deles acabou com o celular do Théo. Quando ele tirou de seu bolso, o visor iluminou o carro e depois fixou uma luz azul quando ele atendeu.
– Ja?! – ele respondeu com um grande sorriso antes de seu interlocutor falar.
Os outros não prestaram atenção nele continuaram a encarar a estrada. Somente Liam tirou desviou seus olhos para o irmão. Théo não estava conversando com um de seus amigos. Nem com seus pais. Podia perceber isso pelo modo como falava. Não era nem uma de suas namoradas... Ele colocou a mão em sua bolsa e procuro seu próprio celular. O visor vermelho piscou. Ele sabia. Ele pressionou um botão e o telefone indicou que ele tinha uma chamada não atendida. Sem checar o número, ele deixou o celular cair de volta na bolsa e virou para o irmão com gesto nervoso.
– Coloque ela! – Ele exigiu, mas Théo negou com um gesto, a mão do irmão empurrando ele. – Théo! – Ele gritou impaciente.
– Aqui vamos nós, Mister vai ter um treco. – Théo informou sua interlocutora.
– Você realmente me irrita! – disse Liam, bravo, tirando o telefone da mão do Théo. – Schatziiii!! – Ele exclamou com uma voz suave, sob o olhar de seu irmão.
Schatziiii era um apelido alemão que cabia muito bem em Anaïs, que vivia cercada por quatro gatos pretos. Mesmo que a palavra não tinha nada a ver com gatos, a semelhança com a palavra francesa era perfeita. Na França, “cat” é “conversar”. Era um alívio para Liam escutar a voz de sua namorada no telefone. Ela parecia estar tão perto dele de repente. E ela estava. Ela ligou precisamente para saber se ele tinha chegado bem. E depois ela iria para Paris para se juntar a ele.
Agora perdido em sua conversa, Liam não notou quando o carro branco das fãs se aproximava cada vez mais. O carro vermelho e o táxi estavam de seu lado direito. Lucas deu uma olhada rápida no espelho, fez sinal com a cabeça para Saly, foi para a pista esquerda e acelerou. Jaki passou essas informações pelo rádio para a segunda van que seguiu a mesma operação. O carro vermelho acelerou para se manter perto da van preta e eles ouviram gritos.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeThu Oct 08, 2009 5:24 am

O veículo atrás do carro vermelho freou a tempo para não bater. Gisèle suspirou aliviada. Nervosa, ela tentou abrir a bolsa. Dois pontos luminosos apareceram distantes e Lucas deu sinal para passarem. Mas o táxi e os dois carros se mantiveram perto. Nenhum deles deixava espaço para as duas vans tomarem seu lugar novamente. Lucas não teve escolha a não ser acelerar o máximo possível. Os faróis opostos se iluminaram mais ainda. Gisèle e Théo, que estavam no banco da frente, se perguntavam o que diabos seu motorista iria fazer. O motorista do lado oposto também estava começando a entrar em pânico e piscou os faróis para eles várias vezes. Lucas continuou acelerando, passou o carro branco e cortou à sua direita. Quando a segunda van estava atrás dele, Lucas desacelerou.
Foi a vez de Théo dar um suspiro de alívio e olhar para seu irmão que estava conversando sem preocupação com Anaïs. Um grande sorriso não sumia de seu rosto. Théo sorriu também. Ele gostava de ver Liam assim. Que bom para ele se estava inconsciente do que representava o perigo das fãs que os seguiam. Ele preferia assim. Théo sempre tinha este reflexo de proteger seu irmão. Liam era o mais exposto na mídia. Porque ele era o cantor. Porque ele respondia nas entrevistas. Porque ele tinha seu estilo glamouroso: cabelos compridos, maquiagem nos olhos, unhas pintadas, jóias. Ele era o favorito das fãs e recebia muita atenção. Mas por outro lado ele também recebia todas as críticas, ataques, boatos... Um dia, um artigo dizia que ele estava namorando a maquiadora, no outro dia diziam que ele era gay, isso o fazia rir e durante as entrevistas ele simplesmente dizia que não prestava atenção nesse tipo de coisa.
Théo sabia o quanto ele sofreu por isso no começo da carreira, porque ficava do lado dele quando Liam se trancava no quarto e chorava. Ele sozinho sabia as palavras certas para acabar com essas lágrimas. Ele sabia melhor que ninguém como acabar com toda aquela fofoca, apontando exatamente o que eles estavam vivendo. A banda, o sucesso, seu sonho. E eles estavam juntos. Mais fortes que o mundo todo. Juntos iriam subir montanhas. Eles ficariam na história da música e seriam a maior banda de rock que este mundo já conheceu! Depois Théo limpava a maquiagem que havia escorrido dos olhos do irmão e deixava-o adormecer. E retornava para seu quarto, cheio de raiva por essa mídia que detonava seu irmão. Foi nesta época que seu gosto musical se direcionou exclusivamente para o hip hop. De repente, as músicas de Aerosmith sobre paz e amor não passavam mais. Ele se sentia muito mais próximo aos rappers que expressavam seu stress com a sociedade, que denunciavam a vida no gueto e cantavam sobre a injustiça. Ele, no entanto, não havia perdido nada em sua vida e a imprensa era simpática com ele. Mas ver seu irmão neste estado era o pior de tudo. Em alguns momentos, diferente do que falava para confortar o irmão, ele se perguntava se esse jogo valia a pena. Era realmente necessário que eles sofressem tanto para viver os seus sonhos?
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeThu Oct 08, 2009 6:43 pm

Uma parada afastou seus pensamentos. Instintivamente, ele olhou para a esquerda. Liam já estava confortavelmente sentado em seu lugar e ria. Ele distraidamente alisou seu cabelo. Théo sorriu, achava graça de como seu irmão podia estar contente com tudo quando conversava com Anaïs. Ele estava bem próximo de ter ciúmes da influência que ela exercia sobre Liam. Ele olhou para trás e cruzou os olhares de Geoffrey e Gunther. Ele levantou a sobrancelha e seu sorriso desapareceu. Ele tinha uma expressão a qual deixava o músico saber que também dividia sua preocupação.
Alguns metros à frente, uma batalha começava entre o carro branco e o vermelho. Um estava do lado esquerdo, o outro no direito. O táxi seguia calmamente na pista direita, atrás do carro branco. De repente, Lucas disse um palavrão e gritou. Os dois carros estavam bem na frente dele! Na mesma pista! Então eles voltaram em linha e o carro vermelho perigosamente aproximou-se do Caravel. Lucas pisou no freio para não bater e todos foram impulsionados para frente. Liam, que não esperava o incidente de jeito nenhum, bateu com a testa no encosto do banco e o celular escapou de suas mãos. O telefone colidiu com o assento e caiu em algum lugar do chão. Empurrado com o impacto da freada, Liam não o pegou imediatamente. E quando ele se inclinou para procurá-lo, o barulho de um avião que pousava no aeroporto Le Bourget o fez parar. Foi uma violenta volta para a realidade.
– Fique e não se mexa. – Jaki ordenou bondosamente.
– Eu só quero ajuntar meu telefone. Ele caiu...
– Você vai pegar depois.
– Desculpe – ele disse a Théo enquanto ligava de volta para Anaïs do telefone dele.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeSat Oct 10, 2009 12:13 am

Enquanto discava, ele olhou para fora, pela janela do lado oposto. Eles estavam passando em frente ao cemitério, antes de chegar ao Courneuve Departmental Park. Agora ele reconhecia os lugares que indicavam que estavam perto de Paris. Assim que eles tivessem passado o parque, chegariam aos estúdios Plaine St Denis, aonde muitos filmes e programas franceses eram feitos. Eles tinham alguns programas para gravar ali amanhã.
Eles seguiram pela longa Avenida President Wilson, depois pela Autoroute du Nord, para entrar na Peripherique, enquanto seguiam o carro vermelho e o branco, que continuavam a procedê-los. Lucas precisava perder eles e depois de alguns metros na Périph, acelerou para ultrapassá-los. Gisèle apertou o apoio do banco nervosamente, o que não a deixou segurar quando o motorista virou na Avenida da Porte d’Asnièr entrou no círculo do tráfego em terceira marcha. Ainda estava chovendo e quando ele teve que parar no cruzamento, a van logo fez uma aquaplanagem e aproximou-se da placa de “pare” na rua. Lucas engatou a segunda quando o último carro passou na frente deles, não querendo dar chance para nenhuma fã se aproximar e seguiu pela avenida, depois pelo Malesherbe Boulevard. Liam desligou. Eles estavam quase chegando. Eles já tinham feito este caminho uma dúzia de vezes. Como uma criança, ele se virou para falar aos outros que haviam chegado. Depois da rotatória, eles veriam o Arco do Triunfo no horizonte. Mas ninguém estava realmente receptivo para a sua alegria de chegar a Paris.
Lucas passou pelo círculo e não ficou surpreso quando viu o carro vermelho cruzando a rua para ficar diretamente de frente para eles e seguir pela avenida. Lucas pisou no freio de novo e a van inclinou levemente para a frente. O carro atrás deles buzinou. Enquanto virava rapidamente pela Avenida Wagram, a van foi colocada um pouco na trasversal, mas o motorista logo recuperou o controle do veículo.
– Mas eles são loucos?! – Liam exclamou.
– Estão nos seguindo desde o aeroporto! – Geoffrey informou a ele.
O Arco do Triunfo já apontava no horizonte mas de repente o Liam já não sentia tanta satisfação com ele. O carro branco tentou ultrapassar eles e apesar da chuva, Lucas acelerou. E então Liam fez a triste observação de que haviam, de fato, chegado a Paris. A cidade mais bonita do mundo. Mas a cidade que ele não iria ver. A cidade onde os fãs o seguiriam noite e dia. Começando agora, nas avenidas escorregadias. Em cada cruzamento, ele rezava para que não ocorresse nenhum acidente porque os dois carros das fãs não paravam e não respeitavam nenhuma regra de segurança.
Place d’Israel. Place du Brésil. Rue de Prony. Rue de Courcelle. Rue Theodore de Banville. Rue Théodule Ribot. Rue des Renaudes. Place des Ternes. Rue de Troyons e Rue Beaujon. Dez ocasiões para acontecer um acidente... Então Lucas deu sinal com o indicador – um detalhe que as notaram – e entrou na Avenida Hoche com a Rue de Tilsitt. O carro vermelho e o branco dirigiam rápidos na estrada. O táxi fazia o mesmo, para deixar as fãs na frente do hotel antes mesmo da banda saltar da van.
Perto do hotel, Lucas não sentia medo dos carros, mas dos fãs que se aproximavam muito do Caravel enquanto ele estava dirigindo. Ele subiu a avenida e estacionou na frente da entrada do Royal Monceau, debaixo dos gritos de expectativa das fãs.
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PostSubject: Re: [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1   [Tradução] O Andar Proibido - Livro 1 Icon_minitimeSat Oct 10, 2009 4:01 am

Liam, Théo, Geoffrey e Gunther olharam surpresos para todas essas meninas instaladas na grama entre a entrada do hotel e a rua. Algumas tinham sacos de dormir e cobertores térmicos, seguras embaixo de grandes sombrinhas. Outras estavam com os cabelos encharcados por causa da chuva. Todas pareciam congeladas, espremidas dentro dos casacos e enroladas em dois ou três cachecóis. Mas todas pareciam radiantes e nervosas. Os seguranças do hotel pediram para elas se afastarem um pouco da estrada. Jaki deixou o carro para ir até o balcão da recepção com Derek.
Um grupo de fãs começou o refrão de uma de suas últimas musicas “Just For You (I Am Here)” (“Somente Para Você (Eu Estou Aqui)”) e todos começaram a cantar.

We are here (nós estamos aqui)
Just for you (somente para você)
You’ll see us deep into you (você nos verá dentro de ti)
You’re not alone (você não está sozinho)
In the world (no mundo)
Your heart beats with our every words (seu coração bate com cada palavra nossa)

Liam sorriu, mas elas não podiam ver. Ele cantou baixinho a parte “I can’t stay forever… But ‘till you feel better... We’ll stay together” (“Eu não posso ficar para sempre... Mas até você melhorar... Nós ficaremos juntos...”). Essa canção, ele havia feito um pouco para Anaïs, mas muito para os fãs. Para dizer a eles que ele estaria sempre por perto. Mesmo que fisicamente ele ficasse só um momento, todas as cenas de espera no aeroporto, na frente do hotel, nos locais dos shows, mesmo sob o pior tempo possível, ele guardava isso tudo com ele. E quando ele não estava em divulgação, nem em turnê, ele pensava em todos esses fãs que doavam muito de seu tempo e sua vida por ele, por sua música e pelo seu grupo.

You’re not alone (você não está sozinho)
In the world (no mundo)
Your heart beats with our every words (seu coração bate com cada palavra nossa)

We’ll stay forever (nós ficaremos para sempre)
Until you feel better (até você ficar melhor) – gritavam em coro.
We’ll stay together (nós ficaremos juntos)

Eles adaptaram a letra também. Eles realmente tinham os melhores fãs do mundo. Se os garotos estavam sensibilizados com a homenagem das fãs, o mesmo não podia ser dito de Gisele, que estava se recuperando das emoções da viagem. A banda já tinha esquecido que tinham chegado perto da morte umas dez vezes por causa das fãs que amavam tanto eles! Ela achava isso inadmissível, que alguém podia brincar com a vida assim. A vida do motorista, do Jaki, da banda, a vida dela e de todos que cruzassem o caminho. Felizmente eles tinham chegado em segurança. Mas os adolescentes que cantavam o refrão daquela música, o pior é que estavam cantando falsamente, deixavam ela mais nervosa. Nós sabemos que vocês vão estar aqui para sempre. Não é preciso esfregar na cara. Bem, era óbvio: a banda agradecia muito essa demonstração. Eles se preocupavam quando viam fãs encharcados até os ossos, congelando, espirrando, tossindo.
– Nós podíamos dar alguns autógrafos essa noite. – Théo sugeriu a Gisèle.
– Não, amanhã. Nós vamos comer agora, e depois conversaremos sobre o programa de amanhã.
– Não vamos até daqui a cinco minutos – apontou Gunther.
– Saly disse amanhã. De qualquer forma, mesmo autografando hoje, eles vão esperar até manhã para ver vocês de novo. Vocês conhecem eles. Eles precisam saber que não há necessidade de nos seguir desde o aeroporto ou esperar dois dias na frente do hotel. Eles podem ficar lá sem transformar sua presença num atrito.
Nessa parte ela não estava errada. Mas os fãs deles eram aguçados. E eles estavam felizes de simplesmente ver a banda saindo do carro. E depois esperariam a noite toda até Liam dar um tchau da janela de seu quarto. Então um autógrafo ou uma foto, no dia seguinte. Não iam se livrar deles tão facilmente. Não havia muita certeza de que os planos do agente funcionariam no futuro mais imediato.

Continua…
(Próximo: capítulo 4 – Anaïs Paris)
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